O mercado imobiliário brasileiro segue se mostrando como uma sólida opção de investimento, passando bem mesmo pelos períodos de crise e mantendo um excelente potencial de valorização. No entanto, sabemos que propriedades não tendem a ser baratas e, por isso mesmo, conhecer os custos de comprar um imóvel pode ser muito importante.
Para quem não está familiarizado com o segmento, existem algumas despesas que podem parecer estranhas, mas que farão parte de qualquer negociação do ramo e precisam ser computadas nos seus gastos, de forma que você não acabe ficando sem dinheiro. Continue lendo o post e descubra quais são elas.
1. Documentação pessoal
Ao refletir sobre os custos de comprar um imóvel, você não pode deixar de considerar a sua própria documentação. Isso é essencial, uma vez que, independentemente se você vai pagar à vista ou fazer um financiamento, alguns documentos serão exigidos e isso pode variar de acordo com a modalidade de aquisição, o banco ou mesmo sua cidade.
No entanto, existe um padrão mais comum e, via de regra, serão exigidos o Registro Geral (RG) e o CPF (Cadastro de Pessoa Física). Para os casados, é preciso apresentar a Certidão de Casamento, enquanto os solteiros devem levar a de Nascimento. Também podem ser solicitadas certidões negativas de ações cíveis.
2. Registro do imóvel
Falando da propriedade em si, o pagamento do famoso Registro deve constar na lista de taxas para compra de imóvel. Esse é um documento bastante importante, que é emitido pelo Cartório de Registro de Imóveis do município no qual a casa ou apartamento está situada e comprova que é, de acordo com a lei, o verdadeiro proprietário.
Em função disso, existe uma máxima no mercado imobiliário que diz que “só é dono quem registra”, o que mostra que você não deve postergar esta etapa do processo de aquisição. O preço varia de acordo com a cidade, mas é oriundo da somatória de diversos tributos menores. Via de regra, fica em torno de 2 ou 3% do preço total da unidade.
3. Escritura pública
A escritura pública é outro item fundamental na aquisição de uma casa, apartamento ou mesmo um terreno. Por definição, é o documento que comprova o acordo ou o ato jurídico de compra e venda. Vale lembrar que, no caso de unidades financiadas, a documentação emitida pelo banco terá a mesma validade jurídica que uma escritura.
É ali que constarão os principais dados da do imóvel, como o valor e a forma de pagamento, por exemplo, além da própria legalidade da negociação a ser feita. Tudo precisa ser feito com a presença de, no mínimo, duas testemunhas e o preço é tabelado, mas varia de acordo com o Cartório Tabelionato de Notas de cada estado da federação.
4. ITBI
A sigla ITBI é bastante conhecida no mercado imobiliário e faz referência a Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, um tributo que deve ser pago sempre que a posse de uma propriedade for transferida. A cobrança é municipal, sendo o valor destinado para a prefeitura da cidade na qual a casa, apartamento ou terreno está localizado.
Esse é um pagamento de responsabilidade dos compradores, que pode sofrer alterações conforme o local. No entanto, o valor não supera os 3% sobre o preço da unidade, podendo até diminuir conforme a negociação. Algumas prefeituras facilitam as condições, com parcelamentos ou prazos estendidos, por exemplo.
5. Taxa de corretagem
Muita gente se esquece desse item, mas a corretagem também deve ser considerada quando você estiver pensando sobre documentos e taxas do imóvel. Afinal, se você está adquirindo uma propriedade por meio do trabalho de um corretor ou imobiliária, esse é um custo que terá incidência e que, via de regra, vale muito a pena.
Contar com ajuda profissional é muito importante não apenas para ter mais segurança jurídica, mas até para achar um local em sintonia com suas expectativas e necessidades. O percentual pode variar bastante de acordo com a empresa ou a cidade, mas costuma ficar entre 5 e 6% do preço total e já fica embutido no valor da transação.
6. Mudança
A mudança pode ser uma etapa um pouco complicada na compra de um imóvel e, sem sombra de dúvidas, trata-se de um custo que merece ser considerado, sobretudo se você tiver bastante mobília, muitos filhos ou animais de estimação, por exemplo. Antes de mais nada, você precisa achar uma empresa de confiança e com bom preço.
Tenha em mente que você não quer chegar na casa nova com os seus eletrodomésticos e móveis arranhados, lascados ou até quebrados. Alguns deles, inclusive, podem ter que ser desmontados e montados novamente. Sendo assim, faça uma boa pesquisa na internet e verifique a reputação dos serviços já prestados para outros clientes.
7. Pequenos reparos
Assim como a mudança, pequenos reparos precisam entrar na conta no momento em que você está pensando sobre quanto custa manter uma casa. Seja o imóvel novo ou usado, é inevitável que você precise fazer algumas adaptações e ajustes, de forma que os ambientes fiquem em sintonia com suas necessidades e hábitos de vida.
O custo disso, naturalmente, varia bastante, devendo ser considerado o estado de conservação da propriedade como um todo, as mudanças que você deseja fazer e o valor da mão de obra especializada, cada isso seja necessário. De qualquer forma, é sempre importante guardar um dinheiro extra para eventualidades, como entupimentos.
8. Taxa de condomínio
Muitas pessoas pensam que, ao adquirirem uma casa ou apartamento, promoverão uma grande melhoria em suas finanças, pois poderão deixar de pagar o temido aluguel. Entretanto, embora essa seja uma grande verdade, existem outros custos que você precisará arcar todos os meses, como no caso da taxa de condomínio,
Logicamente, ela tende a ser bem mais baixa do que o preço de uma locação, mas pode não ser propriamente barata, sobretudo nos grandes centros urbanos e em condomínios residenciais com muitas facilidades e opções de lazer. Ainda assim, essa é uma despesa que costuma compensar bastante, pois favorece a qualidade de vida dos moradores.
Dicas para se preparar para arcar com as despesas
Agora que você já está por dentro de todos os principais custos de comprar um imóvel, você deve estar pensando em maneiras práticas e inteligentes de juntar esse dinheiro, não é verdade? Pensando nisso, separamos essas dicas simples e eficazes, que vão ajudá-lo a se preparar para arcar com as despesas. Acompanhe!
Analise o seu momento de vida
A primeira dica para se preparar para arcar com as despesas da compra de um imóvel consiste em fazer uma boa análise do seu momento atual de vida. Isso é crucial, tendo em vista que, embora a aquisição de propriedades seja muito interessante e gere patrimônio duradouro, você não pode deixar de considerar que se trata de um alto investimento.
Sendo assim, é relevante e inteligente ter um cuidado redobrado antes de assinar o contrato. Dependendo do caso, alugar por mais alguns meses ou anos pode ser a melhor alternativa para você juntar um pouco mais de dinheiro para a entrada, por exemplo. Por outro lado, transferências ou mudanças profissionais podem acelerar esse processo — avalie o seu cenário.
Tenha com um bom planejamento
Caso você decida que esse é o momento indicado para gerar patrimônio e fazer um bom investimento no mercado imobiliário, não tem jeito: você precisa de um bom planejamento. Felizmente, isso exige apenas um pouco de tempo e atenção, para escrever o máximo de informações relativas à sua situação em curto, médio e longo prazos.
Passe para o papel ou, se você for adepto da tecnologia, para o computador ou smartphone, alguns dados cruciais, como a quantia que você consegue economizar por mês sem passar aperto, uma projeção desses valores para os próximos meses e assim por diante. Dessa forma, fica mais fácil determinar o quando você pode investir nas prestações.
Conheça minuciosamente suas finanças
Depois do planejamento inicial, você pode ir mais a fundo e dissecar a anatomia das suas finanças. Por incrível que parece, muitas pessoas acham que tem esse conhecimento, mas não conhecem muitos dos seus gatos e, eventualmente, até algumas receitas. Porém, para realizar o sonho de se tornar um proprietário de imóvel, você não pode se dar esse luxo.
Organize os principais gastos fixos, como aluguel, financiamento de um carro, escola dos filhos e planos de saúde, por exemplo. Esse montante é constante e você dificilmente pode mudá-lo. Depois, é hora de passar para o papel aqueles que poderiam ser evitados ou reduzidos, para poder focar nessa direção e melhorar seu fluxo de caixa.
Estabeleça cortes estratégicos
Conhecendo minuciosamente suas receitas e despesas, é hora de partir para os cortes. Como dissemos, existem alguns itens que são constantes e praticamente imutáveis, que devem, via de regra, serem deixados de lado. Afinal, de que adianta direcionar o dinheiro do seu convênio para um financiamento e depois ficar desassistido no caso de doenças?
Você não viverá uma vida miserável, mas tudo precisa ser ajustado. Faça uma avaliação cuidadosa, converse com seu cônjuge, filhos ou parentes que residam com você e cogite, por exemplo, cortar ou diminuir o pacote da TV a cabo, deixar de lado as compras por impulso e ter atenção redobrada com as contas mensais de luz, água e telefone.
Elimine suas principais dívidas
Nem só de diminuir as contas e despesas mensais viverá o seu orçamento: você precisa eliminar dívidas antigas a todo custo. Elas são um verdadeiro dreno de dinheiro e, dependendo do seu tamanho, podem fazer com que muitos recursos sejam perdidos todos os meses, apenas para arcar com os juros exorbitantes tão comuns no Brasil.
Se você já está endividado, tente quitar tudo. Converse com o gerente do banco, o diretor financeiro ou qualquer que seja o seu credor. Solicite descontos para pagamentos à vista, readequação das parcelas ou outros benefícios. Se for possível e necessário, cogite vender o carro ou pedir ajuda de um familiar para se livrar dos seus débitos.
Evite o cartão de crédito
Poucas pessoas têm a consciência de que o cartão de crédito, em última instância, também é uma dívida. Como se isso não bastasse, caso você opte por dividir a fatura, os juros são assustadoramente elevados. Por isso, o ideal é reservar essa opção apenas se surgirem emergências financeiras ou algumas situações pontuais.
Se você quer focar em comprar um imóvel, deixe de lado a tentação de ir ao shopping ou em suas lojas favoritas por um tempo. Outra boa estratégia é, a partir do conhecimento que você obteve das próprias finanças, estabelecer um valor máximo para os gastos semanais e, para não correr riscos, sacar direto esse dinheiro do caixa eletrônico.
Aposte nas trocas inteligentes
As dicas que estamos passando para quem quer economizar um pouco para arcar com os custos de comprar um imóvel podem parecer um pouco restritivas. No entanto, é preciso pensar que isso é apenas por um tempo e que, a longo prazo, economizará e gerará um patrimônio duradouro para você e seus filhos.
Ainda assim, pensando em economia, você pode apostar nas trocas inteligentes, de maneira que não seja essencial se abster daquilo que você mais gosta de fazer. Com um bom planejamento, você não precisa ser radical. Para quem ama comida italiana, por exemplo, que tal trocar a ida ao restaurante por uma noite cozinhando em casa com amigos?
Não deixe de fazer investimentos
Por fim, não dá para pensar em como comprar um imóvel com mais segurança e rapidez se a sua única estratégia for segurar as despesas e colocar o que sobra na poupança. Embora isso tenha sido um caminho viável por muito tempo, essa não é mais uma boa alternativa, sobretudo pela sua baixa rentabilidade dos últimos anos.
Você não precisa se tornar um expert no mercado de ações ou na bolsa de valores. Caso você não tenha familiaridade com o ramo, converse com o gerente do seu banco, compartilhe os seus objetivos e solicite aplicações com alta segurança e liquidez imediata. É uma forma de fazer seu capital render e atingir o seu objetivo quanto antes.
Agora você já conhece os custos de comprar um imóvel! Considere todos eles e economize com as nossas dicas, de forma que o seu sonho de se tornar um proprietário seja apenas uma questão de tempo!
Gostou de conhecer os custos de comprar um imóvel? Então, não perca mais tempo e entre em contato com a nossa empresa!

